Esta criança não terá direito às cotas raciais porque é branca. Justiça? |
Está sendo divulgado amplamente nos meios de comunicação que o Governo do Rio já estuda medida e número de vagas reservadas; negros são 52% da população.
A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, disse que os concursos públicos no Estado do Rio de Janeiro devem ter vagas reservadas para a população negra - opinião nefasta que foi confirmada pelo governador Sérgio Cabral por meio de sua assessoria.
Segundo a ministra, a criação de um plano estadual de promoção da igualdade racial no Rio foi tema da conversa entre ela e o governador segunda-feira no Palácio das Laranjeiras.
"Na parte que se refere ao mercado de trabalho, o governador propôs que seja editado um decreto introduzindo, em todos os concursos públicos, a cota para negros", afirmou Luiza à Agência Brasil. "O que falta é um estudo para se chegar a um percentual que seja razoável, considerando a presença negra na população do Estado."
Duas ações no Supremo Tribunal Federal (STF) contestam as políticas de cotas nas instituições de ensino e devem ser julgadas este ano.
A quem interessa uma população desinformada, sem um mínimo de senso crítico sobre as atitudes dos seus governantes? A quem interessa uma série de profissionais despreparados, sem o mínimo de condições de questionar os seus pares ou àqueles com quem deverá ter relação direta de trabalho? A “ação de cotas” pretende, acima de tudo, garantir um ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO JUSTO E IGUALITÁRIO.
Várias são as perguntas sem respostas, até hoje:
Como explicar o famoso caso dos GÊMEOS DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, no qual um foi aceito pela comissão de seleção da UnB e o outro, não?
Como explicar a orientação científica de que a RAÇA NÃO EXISTE, pois somos todos humanos?
Como explicar para os seres humanos de cor de pele branca, POBRES, que estes jamais terão qualquer respaldo por parte do Estado?
Como explicar que projetos idênticos propostos na Casa de Leis têm sua constitucionalidade, de maneira distinta, aprovada, ou não, pela autoria de proposição, sendo desconsiderado o que determina a Lei Maior?
Como explicar que PARECERES TOTALMENTE TÉCNICOS, de autoridades em antropologia, história, sociologia e genética de nada valem se não estiverem compatíveis ao “achismo” da classe política e dos poucos oportunistas que brigam por regalias, mas jamais apontam uma solução efetiva para o problema?
O que foi feito de concreto pelas universidades fluminenses, dentro de sua autonomia legal – ou pelo governo – para garantir igualdade de condições de acesso ao ensino superior?
Como explicar que a VERDADE CIENTÍFICA está sendo posta de lado pela DEMAGOGIA POLÍTICA?
E a falácia da REPARAÇÃO SOCIAL? Analisemos o seguinte exemplo: Em uma turma colegial cujos alunos são essencialmente filhos de pais com rendas semelhantes, que possuem o mesmo círculo social e condições financeiras. Estes alunos passarão, pelo menos, sete anos juntos, frequentando o mesmo ambiente estudantil, com os mesmos professores e com as mesmas condições de preparo. Mas, o Estado decidirá, quando forem prestar o vestibular, que aqueles que possuem a cor de pele politicamente incorreta – a branca –, por serem ancestrais dos antigos proprietários de escravos e donos de terras, não terão benefícios. Ao contrário, aqueles que possuem coloração de pele politicamente correta – a negra, amarela, vermelha etc – terão direito ao benefício das cotas, por uma questão de REPARAÇÃO HISTÓRICA, por serem descendentes de índios, escravos e de todas as etnias oprimidas pela elite branca.
Não há como discordar do professor Demétrio Magnoli, tão comentado nos autos, quando o doutor afirma ser uma incoerência que somente gerará o ÓDIO RACIAL, jamais a igualdade. Pura BRAVATA e DEMAGOGIA pregada por aqueles que se auto-intitulam “representantes das minorias”. Não têm argumentos que sustentem tal pretensão, nem sequer legitimidade, razão pela qual impõem seus ideais filosóficos e rotulam de racistas a todos que se oponham aos seus interesses, com hostilidade e intimidação.
Lamentável, governador.
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