A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou ontem, em discussão única, o projeto de lei 664/11, que concede anistia administrativa aos “militares estaduais aos quais se atribuem condutas durante movimentos reivindicatórios por melhorias nos vencimentos e de condições de trabalho ocorridos entre abril e junho de 2011”. A proposta, assinada por 50 deputados, beneficia diretamente os 439 bombeiros e policiais militares presos após invasão ao quartel central dos bombeiros. Embora não estejam mais presos, eles ainda corriam o risco de serem punidos administrativamente. O texto, aprovado por unanimidade, com 60 votos, será enviado à sanção do governador. Curioso que deputados que efetivamente estiveram à frente desta luta tiveram seus nomes excluídos, por manobra de natureza ética duvidosa promovida pelos deputados da base governista.
Importante destacar que o deputado que efetivamente assumiu o compromisso, não se limitando aos discursos oportunistas nem às imposições governistas foi Flávio Bolsonaro, que desde o início - antes mesmo do mandado de prisão de cinco líderes ser expedido, cerca de vinte dias antes da invasão do quartel - disponibilizou seu gabinete para amparar logisticamente e juridicamente aqueles militares.
A sociedade foi decisiva nesta vitória, dando mostras de amor ao CBMERJ ao amarrar fitas nos carros e vestir a cor vermelha como forma de apoio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário