O presidente da seção Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) e fundador do Partido dos Trabalhadores (PT), Wadih Damous, conforme noticiado no site da instituição e divulgado a todos os advogados inscritos por meio de comunicado eletrônico, disse que pretende ouvir, nos próximos dias, o advogado Ubirajara Ribeiro de Souza, apontado como torturador durante a ditadura militar. http://migre.me/3U0SB
Wadih quer "conversar", saber se o advogado confirma as denúncias a seu respeito, antes de tomar qualquer decisão - que decisão? Encaminhar representação ao Tribunal de Ética e Disciplina da entidade?
O advogado de 74 anos de idade, que está acometido de grave problema de saúde, obviamente é vítima de perseguição e revanchismo. O dr Ubirajara Ribeiro de Souza está sendo julgado e rotulado pela presidência da OAB-RJ porque foi militar no início dos anos 1970, época do Regime Militar.
"É uma questão muito grave porque envolve a conduta dessa pessoa à época da ditadura militar, e nós não podemos simplesmente ficar de braços cruzados diante de denúncias tão graves", enfatizou o "democrata" Wadih, para quem, no entanto, supostamente deve ser assegurado ao advogado o amplo direito de defesa - "O que, aliás, era negado na época dos fatos narrados", ironizou.
Agentes do Estado devem responder criminalmente enquanto homicidas da esquerda que mataram, inclusive pessoas inocentes, são reparados economicamente com verbas milionárias? Não há coerência. São dois pesos para uma medida.
Apesar de tanto empenho em processar, julgar e tentar humilhar pessoas na situação do advogado Ubirajara - regularmente inscrito -, não se percebe o mesmo tratamento dispensado aos atuais advogados que comprovadamente, à época, sequestraram, mataram, torturaram, roubaram etc. Isto vai de encontro ao espírito da lei de anistia, estimula o “revanchismo” e fere as verdades atual e histórica.
O presidente Wadih usa descaradamente a máquina administrativa da OAB/RJ para impor seus devaneios ideológicos sem, contudo, consultar seus membros inscritos.
Ainda que o presidente tenha se desfiliado politicamente por mera convenção burocrática, dá provas diárias de que segue na militância contínua e ferrenha em prol dos seus interesses particulares - doa a quem doer. Suas eventuais pretensões políticas não deveriam ser suportadas, mormente quando expõe uma linha de atuação pela qual não reflete a vontade dos advogados inscritos.
Quem, de fato, tem medo da verdade?
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