Quero aproveitar o espaço para esclarecer o que está acontecendo em relação ao processo das cotas, ajuizado pelo deputado Flávio Bolsonaro no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
O post é um pouco extenso, mas vale à pena conferir, principalmente, depois da notícia de ontem no Jornal Nacional http://migre.me/lrFH , quando soubemos que o Partido Democratas entrou, ontem, com um pedido no STF de mudanças na organização das audiências, argumentando que, dos 40 participantes, 28 são a favor das cotas.
Interessante que o único parlamentar a lutar contra este nefasto sistema, desde o início, apesar de inscrito para se manifestar nas audiências públicas em Brasília, não foi chamado. O lado bom desta história é que os que farão uso da palavra são, de fato, experts no assunto, a exemplo da Dr.ª Yvone Maggie, antropóloga da UFRJ. Segue a relação completa: http://migre.me/lrKf
Aqui no RJ, o feito foi ajuizado em 29/01/2009, com o fito de se garantir o princípio constitucional da IGUALDADE, entre outras coisas.
Imediatamente, o senhor relator, desembargador Cavalieri, adotou a seguinte providência: “SOLICITEM-SE INFORMACOES, NO PRAZO DE 5 DIAS, APENAS SOBRE O PLEITO DE LIMINAR, AO EXMO. SR. GOVERNADOR DO ESTADO E EXMO. SR. PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA. (ART. 10 E PARAGRAFOS DA LEI 9868/99)."
Com o advento das respostas solicitadas, constatou-se que os representados solicitaram, expressamente, a marcação de AUDIÊNCIA PÚBLICA para que fosse discutida a matéria, o que jamais foi impugnado pelo deputado, por entender ser a medida mais apropriada para se chegar a uma solução justa.
Sem o agendamento da audiência pública pleiteada pelos representados, em 06/04/2009, o feito foi incluído na pauta de julgamento do dia 26/05/2009 para que fosse apreciado o pedido liminar, ocasião na qual foi DEFERIDA A MEDIDA sem maiores complicações.
A partir daí o feito tomou um rumo inapropriado sob o ponto de vista processual, legal e moral – a INGERÊNCIA POLÍTICA foi decisiva.