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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Vitória da LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Deputados acreditam que o parlamentar tem o direito de expressar a sua opinião e votam contra o parecer do relator
Brasília. Por dez votos a sete, o Conselho de Ética da Câmara rejeitou, ontem, a representação contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). A maioria dos integrantes do colegiado entendeu que o deputado tem o direito de expressar a sua opinião e votou contra o relatório de Sérgio Brito (PSC-BA), que pedia a abertura do processo.
Durante a sessão, Bolsonaro discutiu com os deputados Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Chico Alencar (PSOL-RJ).
Wyllys disse que Bolsonaro tinha que limpar sua boca para lhe dirigir a palavra. "Tenho orgulho de ser chamado de veado por outro veado. E o senhor tem que lavar a boca, pois sou homossexual com ´h´ maiúsculo, de homem, coisa que o senhor não é", afirmou. Segundo o deputado, Bolsonaro usou da homofobia, que não é crime, para justificar o crime de racismo.

Jean Wyllys deixou o Conselho logo após a polêmica, mas Chico e Bolsonaro chegaram a trocar ofensas. O representado chamou o colega do PSOL de "mentiroso, imoral". "Vou tirar você (Chico) do armário", disse Bolsonaro. "Tá nervoso é? Isso é diversionismo", respondeu Chico Alencar.
Sérgio Brito, relator do caso, se disse surpreso e lamentou o fato de a atitude de Bolsonaro poder continuar a mesma, sem nenhum tipo de punição.
Antes da votação, o deputado afirmou que tinha certeza de que seria absolvido. "O que está em questão é minha prerrogativa de manifestar minha opinião. Se eu estivesse errado, a presidente Dilma (Rousseff) não teria mandado recolher o kit gay", afirmou.

Acusações

A representação contra Bolsonaro, de autoria do PSOL, diz que ele foi racista ao responder uma pergunta feita pela cantora Preta Gil, durante o programa "CQC", da TV Band, em março passado. Ao ser questionado qual seria a reação dele se seu filho se apaixonasse por uma negra, o parlamentar respondeu: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu". Bolsonaro afirmou que pensou que a cantora estivesse falando de homossexuais.
Outro fato citado na representação é a briga entre Bolsonaro e a senadora Marinor Brito (PSOL-PA), na Comissão de Direitos Humanos do Senado. Após a retirada do projeto que criminaliza a homofobia da pauta de votação, enquanto a relatora da proposta, Marta Suplicy (PT-SP), concedia entrevista, Bolsonaro exibiu um panfleto contra a criminalização da homofobia, o que irritou Marinor, que bateu na mão do deputado. A senadora tentou impedir que Bolsonaro exibisse o panfleto e o chamou de homofóbico, o que resultou em discussão.

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