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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Advogados de presos políticos serão homenageados pela Câmara


Da Tribuna do Advogado.

Brasília – Um ato público solene de homenagem da Câmara dos Deputados e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aos advogados que defenderam presos e perseguidos políticos da ditadura militar (1964-85) vai ser levado a efeito, na Semana do Advogado, em agosto, numa ação conjunta da Comissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça e OAB. A organização do ato foi discutida hoje pela presidente da Comissão, deputada Luiza Erundina (PSB-SP), autora da proposta, com o presidente nacional da OAB,  Ophir Cavalcante,  em reunião na sede do Conselho Federal da entidade.
“É muito importante essa homenagem que a Câmara dos Deputados, por meio da Comissão presidida pela deputada Luiz Erundina, prestará aos advogados dos presos políticos -  pois pobre de um país que não zela por sua historia, que não resgata sua história”, disse Ophir após a reunião. “A OAB se associa a esse ato e vai articular para que haja uma efetiva homenagem não só àqueles advogados mais famosos, mas aos advogados anônimos que pelo Brasil inteiro usaram seu saber jurídico, sua palavra escrita e falada para resistir ao endurecimento do regime e  ao desaparecimento da democracia em nosso País.”
Para o presidente nacional da OAB, o ato (cuja data e local ainda serão definidos) “vai marcar um momento importante em que, ao olharmos o retrovisor, vamos estar cultuando essas  pessoas corajosas e, sobretudo, ideias que combateram um momento muito sombrio para o País, que foi a ditadura militar”. Ophir Cavalcante elogiou a proposta da deputada, observando que “a Câmara dos Deputados acerta mais uma vez e, dessa forma, a OAB a ela se associará nesse empreendimento para homenagear os advogados que  prestaram grande serviço à cidadania e à democracia brasileira
A  presidente da Comissão Memória, Verdade e Justiça (órgão ligado à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara), deputada Erundina, disse que a ideia da homenagem aos advogados de presos e perseguidos pela ditadura “se insere na missão para a qual ela foi criada, qual seja, levantar propostas  para o resgate da memória histórica sobre violações  de direitos humanos”. A Comissão que ela preside vai auxiliar nos trabalhos da Comissão da Verdade. Para a deputada,  os que advogaram causas dos presos e perseguidos políticos “cumpriram papel fundamental, foram muito generosos e pagaram caro por isso, muitos até com a vida, na defesa dos presos políticos e dos direitos humanos”.
Da reunião, além  de Ophir Cavalcante e Luiza Erundina, participaram também o vice-presidente nacional da OAB, Alberto de Paula Machado; o secretário-geral, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, e o diretor tesoureiro, Miguel Cançado. A ausência da secretária-geral adjunta, Márcia Machado Melaré, se deveu a compromissos inadiáveis em São Paulo, segundo informou Ophir.

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