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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

BOLSAS E MAIS BOLSAS...

A Comissão de Anistia e representantes de universidades e entidades estudantis irão promover, amanhã, às 10h, e lamentavelmente em parceria com a Seccional à qual sou inscrito, mais um “circo” que chamam de ato público, em homenagem a professores e estudantes “atingidos” pelo Decreto 477/69.

Tal decreto os teria impossibilitado de lecionar ou frequentar a faculdade por cinco anos durante o Regime Militar, que insistem em chamar de “ditadura”.

Não bastasse, a exemplo do caso Lamarca, no ato será realizado um “julgamento especial” de processos de anistia política daqueles que foram vítimas do Decreto – Similar ao “ato” que promoveu o assassino-covarde, guerrilheiro e ex-militar.

Além do presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, estarão presentes ao ato, na sede da Seccional, o Secretário Especial de Direitos Humanos, Paulo Vanuchi, o presidente da Comissão, Paulo Abrão e a presidente da União Nacional dos Estudantes, Lúcia Stumpf.

Pergunto-me: Até quando? Será que alguma autoridade consegue perceber a gravidade da situação? É uma imoralidade, uma ilegalidade explícita o que estão fazendo! Lastimo que poucas autoridades se pronunciem à respeito.

Como cidadão comum, fiz minha parte, ajuizei a Ação Popular, já comentado em outra oportunidade, em face da tentativa de burlar o ordenamento legal, por parte da viúva do criminoso Lamarca. Aquela senhora, certamente, sofreu influência com respaldo e “orientação” do seu advogado, Greenhalgh.
Agora, seria bastante interessante aqueles que têm a obrigação de zelar pela moralidade pública o comecem. Caso contrário, toda a verba paga aos "pseudo-anistiados" jamais será reposta ao erário.

Espero que o Ministério Público Federal esteja atento à situação, pois o que estamos presenciando pelos atos, não só dessa comissão, mas do governo PT de maneira geral - e dos demais partidos -, é o que podemos, isso sim, chamar de “ditadura”.

A opinião pública assiste, estarrecida, ao reiterado desprezo pelos valores morais que deveriam nortear as atitudes daqueles que nos representam nos órgãos públicos. Mas, de fato, vemos pouca gente "se mexer".

Essa problemática atual nos remete às palavras de Rui Barbosa, escritas em 1914:

“A FALTA DE JUSTIÇA, Srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação.A sua grande vergonha diante do estrangeiro, é aquilo que nos afasta os homens, os auxílios, os capitais.A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade, promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.Essa foi a obra da República nos últimos anos. No outro regime (na Monarquia), o homem que tinha certa nódoa em sua vida era um homem perdido para todo o sempre, as carreiras políticas lhe estavam fechadas. Havia uma sentinela vigilante, de cuja severidade todos se temiam e que, acesa no alto (o Imperador, graças principalmente a deter o Poder Moderador), guardava a redondeza, como um farol que não se apaga, em proveito da honra, da justiça e da moralidade"

Concluindo, faço minha a indagação do Gen Figueiredo, quando escreveu o texto UM SILÊNCIO INCÔMODO E PERSISTENTE:

" (...) até quando pretende o Presidente se manter nesse difícil equilíbrio? Em algum momento, com certeza, terá de mostrar seu verdadeiro contorno. Se o do governante com discurso de democrata, capaz de adotar com sucesso políticas econômicas liberais, ou o do amigo e admirador de ditaduras, escondendo-se no silêncio para preservar facínoras, apenas porque posam de companheiros de esquerda. Algum dia, a verdadeira face terá de estar exposta.

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