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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Evasão das Forças Armadas


Já faz algum tempo que ouço amigos reclamarem da situação salarial na Força Verde-Oliva (mesma dos "azuis" e dos "cinzas").
Percebo que muitos estão frequentando uma faculdade e cursinhos preparatórios para tentar outra carreira no futuro, além de tentarem uma das vagas oferecidas em concursos públicos. As principais carreiras procuradas estão na Polícia Federal, na Receita e, até, no INSS.
Outros, apenas esperam "passar o tempo" até que possam pedir reserva para, a partir daí, tentar outra fonte de renda. O pessoal está muito desmotivado.
Vejo militares que são bacharéis em direito, por exemplo, que exercem a advocacia na "clandestinidade", em clara afronta aos estatutos da advocacia e dos militares, que vedam tal prática. Preferem correr o risco.
Da mesma forma, tenho notícias de alguns que cursaram a Escola de Educação Física (EsEFEx), referência mundial no assunto, mas que priorizam o público externo à Caserna porque paga melhor.
Na prática, lamentavelmente, chego à conclusão que, para muitos, a briosa carreira profissional se transformou em bico, fazendo com que a qualidade, o vínculo e o comprometimento se dêem pelo necessário vínculo de estabilidade.
A questão dos reajustes nos vencimentos, toda vez que se discute em Brasília, é uma tormenta. Tudo, sempre, é muito difícil. Empaca no Planejamento, na Fazenda, na Defesa... Por qual razão? Não percebemos outras classes terem tanta dificuldade para efetivar suas recomposições salariais, nem aumentos. Basta analisarmos a própria classe política, por exemplo.
O general Heleno, mais uma vez, está coberto de razão. Os dados apontados somente confirmam as informações de que a evasão aumenta ano a ano. É um problema que envolve, acima de tudo, a soberania nacional.

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