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quinta-feira, 17 de maio de 2012

COMISSÃO PARALELA DA VERDADE



O site Alerta Total, do jornalista Jorge Serrão, publicou um post interessante. Clique aqui. 
Sob o título "Militares na reserva lançam hoje a Comissão Paralela da Verdade, já que CV da Dilma não pretende apurar 119 atentados e assassinatos da esquerda", tece comentários intrigantes a respeito do tema. 
Antecipo que não simpatizei com o nome, pois nos remete a seguimentos sociais como comando vermelho, poder paralelo, clandestinidade etc. Isso é coisa de quem vive à margem da lei. As Forças Armadas são as instituições de maior prestígio nacional - basta verificar as pesquisas de opinião. Não seria mais coerente brigar para compor a Comissão oficial? Elementos para lutar existem, haja vista que pelo menos três nomes possuem legitimidade questionável para integrá-la.
Com todo o respeito que tenho pelos que gritam diante das barbaridades jurídicas praticadas pelos figurões do governo, sobretudo por aqueles ligados às questões da Anistia, ligados à Comissão da Verdade, seja direta ou indiretamente, mas simplesmente bravatar não basta! Atitudes políticas e jurídicas são necessárias... E urgentes! 
Sigo preocupado sob o aspecto da moralidade, coerência e legalidade desta comissão governamental. Primeiro que, ao que parece, a questão é prioritariamente financeira, pois apurando supostas verdades se poderá viabilizar a sequência de pagamentos milhonários a supostos vitimados pelo Regime Militar. A presidente Dilma inobservou um importante critério legal disposto no texto da lei, a "imparcialidade" dos membros. No quesito coerência, porque não se pode apurar, do mesmo modo, os crimes de justiçamento, assaltos, sequestros etc praticados pelos radicais da esquerda à época - cujos integrantes, muitos deles, hoje ocupam altos cargos na política e na administração? Estaríamos prontos a suportar a Verdade (a verdadeira)? Essa guerra psicológica terá fim? Esta comissão "paralela" será eficiente? O relatório final desta comissão será absorvida pelos nossos livros de história? A questão é mais grave do que muitos pensam...
Segue o texto do Jorge Serrão:



Por Jorge Serrão

A pretensa Comissão da Verdade já recebeu uma lista de 119 atentados e assassinatos que teriam sido praticados por militantes da esquerda. No entanto, a maioria dos 7 membros da CV não pretendem priorizar tais casos. A CV só pretende se debruçar sobre as sempre pregadas “violações de direitos humanos” que teriam sido praticadas por agentes do Estado entre 1964 e 1985. A intenção velada é criar pré-condições políticas para uma revisão da Lei de Anistia de 1979.

Militares não aceitam tal golpe dos militantes ideológicos. Por isso, logo mais, vão instituir, no Clube Naval, a "Comissão Paralela da Verdade". O trabalho extraoficial tem apoio, direto, dos militares na reserva e, discreto, dos oficiais na ativa. A intenção é oferecer uma alternativa aos membros da CV e à turma de esquerda no Ministério Público que defendem a contraditória “Justiça de Transição” (para quê, ninguém diz?). Osmilitares não aceitam as manobras para driblar ou anular a Lei de Anistia – já sacramentada pelo STF.

O ato de posse dos componentes da CV, que receberão R$ 12 mil mensais pelo trabalho, foi uma cerimônia simbolicamente patética, no Palácio do Planalto. Além de parentes de presos políticos desaparecidos, a cerimônia misturou a Presidenta Dilma Rousseff com os ex-Presidentes José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique e Lula da Silva. No mesmo balaio de gatos, estavam os notórios os mensaleiros José Dirceu e José Genoino junto com os ministros do Supremo Tribunal Federal que vão julgá-los e o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, que vai acusá-los pelos crimes no mensalão.

No evento também estavam os Comandantes Militares. Juniti Saito (Aeronáutica), Enzo Peri (Exército) e Júlio Moura (Marinha) aplaudiram os discursos, mas sem muito entusiasmo. Assim que o evento acabou, saíram o mais depressa possível do Palácio. Nos bastidores, a maior bronca dos militares da ativa seria com a indicação de Rosa Maria Cardoso da Cunha. A advogada que defendeu a ex-guerrilheira e hoje Presidenta Dilma Rousseff, nos tempos da “dita-dura”, ficou de filme queimado depois que manifestou, publicamente, que a CV não vai apurar os crimes cometidos por militantes de esquerda.

O discurso da Comandanta-em-chefe não agradou aos militares. Dilma filosofou que “a força pode esconder a verdade, mas o tempo acaba por trazer a luz”. Para piorar, ainda contou a mentirinha oficial de sempre: “Não nos move o revanchismo, o ódio nem o desejo de reescrever a história. mas mostrar o que aconteceu, sem camuflagem, sem vetos”. Chegando a chorar, como uma atriz de primeira, Dilma foi além na retórica ilusionista: “A desinformação não ajuda a apaziguar. O Brasil merece a verdade. As novas gerações merecem a verdade, e, sobretudo, merecem a verdade factual aqueles que perderam amigos e parentes e que continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre a cada dia”.

O Alerta Total insiste, a bem da verdade. A tal Comissão da Verdade é inútil e só tem propósito revanchista e diversionista. A intenção em manter alarmadas as forças armadas atende a um objetivo dos verdadeiros inimigos externos do Brasil. Os membros da Oligarquia Financeira Transnacional investem nos agentes conscientes ideológicos para impedir que os guardiões constitucionais da soberania do Brasil tenham condições de cumprir seu papel. Com militares neutralizados ou transformados em meros funcionários públicos fardados, fica mais fácil manter o Brasil como uma mera colônia de exploração mantida artificialmente na miséria, para proveito dos esquemas globalitários.

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.

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