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segunda-feira, 4 de maio de 2009

Quem ocupa as guaritas são os urubus

O deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP) vai entrar na briga pelos policiais militares e agentes penitenciários do Complexo Penitenciário de Bangu que sofrem com o mau cheiro causado pelo Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Gericinó, conhecido popularmente como lixão de Bangu. Ele pretende propor, nesta terça-feira (05), uma audiência pública na comissão de Defesa Civil. A idéia do deputado é convocar o secretário de Administração Penitenciária, coronel PM Cesar Rubens Monteiro de Carvalho, e a presidente da Comlurb, Ângela Fonti, para debaterem o assunto na Alerj. O tamanho da montanha de lixo, que já estaria semelhante a um prédio de 17 andares, também impressionou o deputado.- Não imaginava esse tamanho todo. Já é possível ficar do lixão observando a movimentação no complexo penitenciário - observou Flávio Bolsonaro.


Fonte: Jornal Extra - 04/05/2009 (jornalista Camilo Coelho)


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Algumas semanas atrás eu já tinha conversado com dois Inspetores de Segurança que relataram a situação.

Passei o número dos respectivos telefones para o Camilo, que se prontificou a entrar em contato para averiguar a situação.
Os problemas vão desde o treinamento "insuficiente" à alimentação e vestimenta, segundo eles.

Fiz contato com o Chiquinho, presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penal, que se prontificou a comparecer à audiência pública.

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Construído para abrigar presídios de segurança máxima, o Complexo Penitenciário de Bangu agora vê essa posição ameaçada pelo crescimento da montanha de lixo no Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Gericinó. Obrigados a conviver com o mau cheiro e a companhia de urubus, pombos, moscas e mosquitos, os agentes penitenciários e policiais militares do Grupamento Especial de Policiamento do Complexo Penitenciário de Bangu (GEPCPB) evitam ficar nas cabines de observação próximas ao lixão. Nas duas unidades que ficam mais próximas, a penitenciária Joaquim Ferreira de Souza, mais conhecida como Bangu 8, onde estão policiais federais e civis e deputados, e a Lemos de Brito, com integrantes de uma das principais facções da cidade, não foram vistos agentes nas cabines próximas ao lixão. Segundo o Sindicato dos Servidores da Secretaria estadual de Administração Penitenciária (SindSeap), a cada três cabines do complexo, duas estão desativadas, sendo "habitadas" pelos urubus e pombos. Além disso, da montanha de lixo, que já está do tamanho de um prédio de 17 andares, é possível observar toda a movimentação dentro do complexo penitenciário.- Isso fragiliza a segurança do complexo. Até porque temos um alto índice de funcionários em tratamento médico, muitos por causa de doenças causadas pelos problemas do lixão. A cada três guaritas, duas estão abandonadas. Mosca, urubu e mau cheiro levam o servidor a buscar meios de se livrar daquele serviço – explicou Francisco Rodrigues, presidente do sindicato dos Agentes Penitenciários.
Fonte: SSSP-RJ

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A montanha de entulho já está com mais de 50 metros, ultrapassando a altura dos muros do presídio. Gericinó recebe ainda, diariamente, quase três mil toneladas de lixo (80 mil toneladas/mês). Com fácil acesso – existe apenas uma cabine na entrada, com seguranças particulares – é possível ver do topo da montanha toda a movimentação dentro dos presídios.- A montanha de lixo já está na mesma altura de um prédio com 17 andares. É uma vergonha, você consegue ver da Avenida Brasil. Gericinó não era para ser um aterro sanitário. Foi uma solução provisória, enquanto era decidido um novo espaço para o depósito do lixo – explicou a vereadora Lucinha (PSDB), que em 2008 foi relatora da CPI do lixo e impediu a instalação de um aterro sanitário que seria criado em Paciência.
Fonte: SSSP-RJ


2 comentários:

Anônimo disse...

é uma vergonha a forma que nos tratam na seap. agora com tanto político preso quero ver se as coisas vao melhorar

Juliana disse...

Gostei mt deste post. Estou começando um projeto de monografia e meu tema será exatamente a situação desumana do Complexo de Gericinó!

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