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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Dúvidas hondurenhas

Manifestações hondurenhas pela América Latina: golpe?

Quando seria realizada uma tentativa de subversão da ordem constitucional vigente, maquiada de consulta popular, Zelaya foi preso, por ordem da Suprema Corte e do Congresso Nacional, por tropas do exército hondurenho, que o colocaram em um avião, com destino à Costa Rica. O Judiciário hondurenho anunciou que dispunha de provas suficientes para processar Zelaya por 18 delitos, incluindo traição à pátria e descumprimento de 80 leis aprovadas pelo Congresso.
Então, se a situação teve respaldo judicial e apoio popular, qual a razão de o ex-presidente buscar "asilo" político em nossa embaixada, com o apoio de alguns manifestantes? E qual a razão de ser nesse momento em especial? Será que pelo fato de já existirem candidatos ao próximo pleito eleitoral? Sei lá...
Mas, a pergunta que não sai da minha cabeça é: qual a razão de o presidente Lula chamar os poderes locais de "golpistas", por diversas vezes, em entrevista concedida às emissoras do mundo todo?
Para tentar esclarecer a questão, tomei a liberdade de trazer do blog "diplomatizzando", do Paulo Roberto de Almeida, uma enquete proposta pelo Noblat:
Concurso: Defina a condição de Zelaya na embaixada
Blog do Noblat 22/09/09
Defina a condição do presidente deposto de Honduras Manuel Zelaya que está desde ontem na embaixada do Brasil em Tegucigalpa. Trata-se de:
(a) Um asilado?
(b) Um abrigado?
(c) Um hóspede?
(d) Um infiltrado?
(d) Um acampado?
(e) Nenhuma das opções acima?
(f) Todas as opções acima?

2 comentários:

Fabio Pacheco disse...

joão, vi essa opinião na revista veja:

Deixem-me ver se entendi bem. Zelaya tentou dar um golpe plebiscitário, mas sua ação foi “barrada” - isto é, ele caiu, perdeu o cargo (segundo a lei). E, diz o jornal, Micheletti assumiu segundo a previsão constitucional. Estamos diante de uma inovação jurídica formidável: mesmo não sendo mais presidente, o golpe acontece quando Zelaya é tirado do país! Ora, ninguém podia surrupiar de Zelaya o que o próprio jornal admite que ele já não tinha. Ora, se ele foi mesmo tirado do país à força, isso até pode ser ilegal, criminoso, o diabo a quatro, mas golpe não é. E, como se nota, o que era uma sucessão constitucional virou golpe de novo.

Que a imprensa esteja infiltrada de simpatizantes do bolivarianismo - mais por ignorância do que por ideologia -, disso não duvido. Mas reúne também muita gente sensata que está com medo de pensar; que se obriga a torcer os fatos para repetir o mantra: “golpe, golpistas…” Chamar Zelaya de presidente constitucional é, então, uma acinte.

Lula, com efeito, é “o Cara”. É o cara que fez correr sangue em Tegucigalpa. Com o apoio de boa parte da imprensa brasileira.

Depois de ter feito o seu discurso na ONU - aquele em que pediu a reinstalação de Zelaya no poder e o fim do embargo à tirania cubana -, Lula se encontrou e se deixou fotografar com Ahmadinejad, presidente do Irã.

Anônimo disse...

É legitimo abrigar um perseguido político na nossa embaixada. Não é legitimo que esse perseguido busque nossa embaixada para usá-la como palanque de suas reivindicações

IMPORTANTE

Senhor Jornalista, a imprensa deve atribuir responsabilidades às autoridades. Caso contrário, será apenas uma omissa medíocre exercendo a função de relações públicas daqueles que afundam o país. Pense nisso!