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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

GENERAL FIGUEIREDO - Opinião do Clube Militar sobre decisões do governo Lula (REEQUIPAMENTO DAS FORÇAS ARMADAS)

DECISÃO RESPONSÁVEL
Muito tenho criticado decisões tomadas no âmbito do governo Lula. Aquelas que julgo equivocadas ou, às vezes, demagógicas. Críticas também tenho feito, quando alguém bem posicionado no governo participa de atos suspeitos de corrupção; de mentiras, tentando encobrir esses atos; de iniciativas voltadas à defesa dos crimes praticados por movimentos ditos sociais; de reverências a velhos ditadores ou a governos em marcha batida para o totalitarismo.
Por outro lado, já defendi o Presidente em algumas de suas atitudes no governo. A defesa da moeda, com certeza, foi uma delas. Imagino como terá sido difícil resistir, dentro do seu partido. Imagino como terá sido complicado explicar a escolha de um banqueiro internacional para presidir o Banco Central. Imagino as pressões que terá recebido dos "companheiros" para abandonar os rumos da política econômica, avessa a tudo que sempre pregou o PT, mas que demonstrou ser eficaz para manter os índices de inflação brasileiros dentro de níveis civilizados.
Agora, vemos Lula tomar outra decisão responsável. Refiro-me à opção pelo reequipamento das Forças Armadas, tornada evidente com a assinatura, com a França, do acordo de cooperação na área de defesa. Novamente deve ter sido obrigado a vencer pressões de "companheiros". Afinal, uma medida populista qualquer, tão ao gosto de políticos de visão curta, tem potencial infinitamente maior de render votos na próxima eleição.
O acordo com a França produziu um efeito positivo direto – o de criar uma expectativa de reaparelhamento das Forças Armadas, dotando-as de uma capacidade de combate compatível com o status de potência média do qual já deveríamos estar investidos; um poder dissuasório à altura do patrimônio que temos de resguardar; um respeito internacional, capaz de respaldar as negociações políticas e econômicas que um país mais desenvolvido estará,
obrigatoriamente, envolvido; uma perspectiva de desenvolvimento tecnológico, a partir dos tratados de transferência de tecnologia.
Um efeito secundário, porém, da mesma forma foi obtido e não pode de nenhuma maneira ser desprezado. Trata-se da inclusão do tema defesa na pauta dos assuntos discutidos pela sociedade brasileira.
Uma conclusão fica evidente, após essa decisão responsável do Presidente da República – Lula, quando consegue se desvencilhar de seus impulsos populistas, vai melhor ao seguir seu instinto político do que quando é assessorado por seus auxiliares, quase todos impregnados de um esquerdismo retrógrado. Um esquerdismo que foi soterrado junto com a queda do Muro de Berlim. Fato que essa gente teima em não querer perceber.
Gen Ex GILBERTO BARBOSA DE FIGUEIREDO
Presidente do Clube Militar

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