Responsabilidade na parte que nos cabe na construção do progresso do Brasil, independentemente de cor, credo, profissão e posicionamento político.

quinta-feira, 12 de março de 2009

MAGISTRADO FANFARRÃO?

Visualizando o blog do MNBD-RJ, Movimento Nacional dos Bacharéis em Direito, constatei um "desabafo" malcriado, infundado e desnecessário, que lhes foi enviado por email.
Lamento profundamente que um membro do Poder Judiciário paraibano tenha uma opinião tão limitada e carente de argumentos, caso tenha sido, de fato, o juiz o autor da "sugestão".Lamento, ainda mais, que o juiz desmereça profissões da grandeza daquelas mencionadas no corpo do texto: Gari e Agente Penitenciário (o texto está disponibilizado abaixo).
O que o faz pensar que uma profissão é mais importante que outra? É algum demérito manter a ordem no sistema penal ou manter a cidade limpa?Creio, sinceramente, que alguém, de alguma maneira escusa, utilizou o endereço eletrônico daquele magistrado para ofender o Movimento, passando-se por ele. É razoável que ele tenha desafetos.
Ainda, duvido muito que um juiz estadual criticaria de maneira tão aberta e "amadora" a decisão de uma colega - juíza federal -, que fundamentou de maneira tão coerente e contundente a delicada questão do Exame de Ordem.
A função social do juiz está em julgar, com justiça, valendo-se dos princípios jurídicos, como o da razoabilidade e da proporcionalidade, buscando o equilíbrio dos interesses em conflito, observando sempre os fins sociais da lei e as exigências do bem comum, na fundamentação de suas decisões.
É indispensável que um juiz tenha prudência, pois ao aplicar a lei em cada caso, ainda que ao proferir uma simples opinião, como foi feito no cado do Exame de Ordem, pois ele interpreta o fenômeno jurídico.
Ora, a interpretação e aplicação possuem um conteúdo eminentemente prático da experiência humana, uma vez que se espera uma opinião, ou decisão, não apenas jurídica, mas também de conteúdo social.Por isso, sinceramente, recuso-me a acreditar que o email abaixo, enviado ao MNBD-RJ, foi escrito por um juiz.
Sendo assim, independente de quem tenha ofendido o movimento, deveria fundamentar sua opinião e debater o assunto de maneira civilizada, convencendo as pessoas de maneira educada e demonstrando que o Brasil é, de fato, um país democrático.
DISCRIMINAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO
-----Mensagem original-----
De: Rúsio Lima de Melo [mailto:rusio@tjpb.jus.br]Enviada em: quarta-feira, 11 de março de 2009 22:36Para: MNBD-RJAssunto: VÃO ESTUDAR, MALANDRAGEM Ei, porque vcs não vão fazer um concurso pra gari ou pra agente carcerário?Vão estudar, ao invés de ficar querendo a carteira da OAB sem fazer a prova...Tem mais é que ter prova, para não entrar um monte de incompetentesVÃO ESTUDAR, MALANDRAGEM (http://www.mnbd-rj.blogspot.com/)

Um comentário:

Unknown disse...

Gostaria de entender porque um “juiz” tenta tirar como exemplos o gari, um agente penitenciário e um bacharel de direito!
Será que ele entende, que quem faz o exame da OAB e passa, tem um QI maior de quem tem por profissão ser gari ou agente penitenciário?
Uma das atribuições do gari, é manter a cidade limpa de objetos que deveriam estar dentro do seu devido lugar. Com maestria, agilidade e disposição, muitos fazem isso por necessidade, outros por amor a profissão. No caso do agente penitenciário, sua função é manter a ordem e a disciplina dos presos condenados dentro das cadeias e penitenciárias, presos esses que tiveram as suas sentenças prolatadas por um juiz de direito (me corrijam se eu estiver enganado). Ao invés desse “juiz” perder o precioso tempo dele fazendo comentários sobre profissões, deveria ele, estar trabalhando para que a justiça seja feita no país, que o direito e os deveres sejam cumpridos.
Fique sabendo o senhor “juiz de direito”, que existe gari e agente penitenciário com diploma de advogado, e pelo seu comentário, provavelmente você deve ter sido um dia AD(E)VOGADO.
PS.: “Juiz acha que é Deus...Desembargador tem certeza.”

IMPORTANTE

Senhor Jornalista, a imprensa deve atribuir responsabilidades às autoridades. Caso contrário, será apenas uma omissa medíocre exercendo a função de relações públicas daqueles que afundam o país. Pense nisso!